Enfrentar as incertezas
A maneira de ser e agir do ser humano se distingue pelo movimento, pela constante construção e criação de idéias e conceitos constituintes do reconhecimento de sua essência e particularidade, enquanto titulares desta condição. As formas de pensar e elaborar teorias que conduzam às respectivas práticas, no objetivo de orientar o seu rumo e atividades, são constantemente renovadas, gerando descobertas e incertezas.
Para Morin “Seria preciso ensinar princípios de estratégias que permitiriam enfrentar os imprevistos, o inesperado e a incerteza (...) É preciso aprender a navegar em um oceano de incertezas em meio a arquipélagos de certeza.”
Neste saber, o autor nos situa diante da imprevisibilidade, das incertezas que nos cercam e da impossibilidade, portanto, de certezas sobre os acontecimentos. Dessa forma é papel fundamental da educação, preparar as mentes para o inesperado e seu enfrentamento, para isso devemos evitar mostrar para o aluno idéias fechadas e prontas, pois corremos o risco do imprevisto do erro. Precisamos nos preparar e principalmente preparar o aluno para as incertezas do futuro e isso inclui nos munirmos de coragem necessária para mostrar as diferentes versões do mesmo problema, pois conhecimento é uma interpretação da realidade que nem sempre é fiel a ela.
Morin chama atenção para o fato que no final do século XX que, a visão do universo obediente a uma ordem impecável, é preciso substituir a visão na qual este universo é o jogo e o risco da dialógica (relação ao mesmo tempo antagônica, concorrente e complementar) entre a ordem, a desordem e a organização. Como estamos conduzindo a educação em nossas escolas? Como estamos avaliando nossos estudantes, futuros comandantes e profissionais da nação? Devemos conduzir nossos trabalhos enquanto profissionais da educação para lidar com as incertezas, e a tomada de uma nova consciência: o homem está confrontado de todos os lados com as incertezas. Por isso a educação do futuro deve se voltar para as incertezas ligadas ao conhecimento.
Morin cita alguns itens que justitificam estas incertezas:
.
• “Um princípio de incerteza cérebro-mental, que decorre do processo de tradução/reconstrução própria do conhecimento.
• Um princípio de incerteza lógica: como dizia Pascal muito claramente. “Nem a contradição é sinal de falsidade, nem a não-contradição é sinal de verdade”.
• Um princípio da incerteza racional, já que a racionalidade, se não mantém autocrítica vigilante, cai na racionalização.
• Um princípio de incerteza psicológica: existe a impossibilidade de ser totalmente consciente do que se passa na maquinaria de nossa mente, que conserva sempre algo de fundamentalmente inconsciente.
Portanto, a realidade não é facilmente legível. As idéias e teorias não refletem, mas traduzem a realidade, que podem traduzir de maneira errônea. Nossa realidade. Isto nos mostra que é preciso saber interpretar a realidade antes de reconhecer onde está o realismo. Talvez não estejamos preparados para lidar com questões filosóficas e psicológicas do conhecimento, mas na atualidade temos um número grande de recursos tecnológicos que podem e devem ser usados fornecendo o suporte necessário ao trabalho trazendo a tona o verdadeiro sentido para enfrentar as incertezas.
Bilbiografia
Revista Linha Direta. Disponível em:
Acesso: 03/06/2010
Revista Nova Escola OnLine http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/arquiteto-complexidade-423130.shtml Acessado em 01/06/2010
MORIN.Edgar: Os sete saberes da educação:in:material complementar.Curso de Especialização Tecnologias da Educação- PUC.RIO-2009-210.
Os Sete Saberes Necessários À Educação Do Futuro (Edgar Morin) disponível em www.conteudoescola.com.br/site/content. Acessado em 02/06/2010.
Postagem: Cilêde
A maneira de ser e agir do ser humano se distingue pelo movimento, pela constante construção e criação de idéias e conceitos constituintes do reconhecimento de sua essência e particularidade, enquanto titulares desta condição. As formas de pensar e elaborar teorias que conduzam às respectivas práticas, no objetivo de orientar o seu rumo e atividades, são constantemente renovadas, gerando descobertas e incertezas.
Para Morin “Seria preciso ensinar princípios de estratégias que permitiriam enfrentar os imprevistos, o inesperado e a incerteza (...) É preciso aprender a navegar em um oceano de incertezas em meio a arquipélagos de certeza.”
Neste saber, o autor nos situa diante da imprevisibilidade, das incertezas que nos cercam e da impossibilidade, portanto, de certezas sobre os acontecimentos. Dessa forma é papel fundamental da educação, preparar as mentes para o inesperado e seu enfrentamento, para isso devemos evitar mostrar para o aluno idéias fechadas e prontas, pois corremos o risco do imprevisto do erro. Precisamos nos preparar e principalmente preparar o aluno para as incertezas do futuro e isso inclui nos munirmos de coragem necessária para mostrar as diferentes versões do mesmo problema, pois conhecimento é uma interpretação da realidade que nem sempre é fiel a ela.
Morin chama atenção para o fato que no final do século XX que, a visão do universo obediente a uma ordem impecável, é preciso substituir a visão na qual este universo é o jogo e o risco da dialógica (relação ao mesmo tempo antagônica, concorrente e complementar) entre a ordem, a desordem e a organização. Como estamos conduzindo a educação em nossas escolas? Como estamos avaliando nossos estudantes, futuros comandantes e profissionais da nação? Devemos conduzir nossos trabalhos enquanto profissionais da educação para lidar com as incertezas, e a tomada de uma nova consciência: o homem está confrontado de todos os lados com as incertezas. Por isso a educação do futuro deve se voltar para as incertezas ligadas ao conhecimento.
Morin cita alguns itens que justitificam estas incertezas:
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• “Um princípio de incerteza cérebro-mental, que decorre do processo de tradução/reconstrução própria do conhecimento.
• Um princípio de incerteza lógica: como dizia Pascal muito claramente. “Nem a contradição é sinal de falsidade, nem a não-contradição é sinal de verdade”.
• Um princípio da incerteza racional, já que a racionalidade, se não mantém autocrítica vigilante, cai na racionalização.
• Um princípio de incerteza psicológica: existe a impossibilidade de ser totalmente consciente do que se passa na maquinaria de nossa mente, que conserva sempre algo de fundamentalmente inconsciente.
Portanto, a realidade não é facilmente legível. As idéias e teorias não refletem, mas traduzem a realidade, que podem traduzir de maneira errônea. Nossa realidade. Isto nos mostra que é preciso saber interpretar a realidade antes de reconhecer onde está o realismo. Talvez não estejamos preparados para lidar com questões filosóficas e psicológicas do conhecimento, mas na atualidade temos um número grande de recursos tecnológicos que podem e devem ser usados fornecendo o suporte necessário ao trabalho trazendo a tona o verdadeiro sentido para enfrentar as incertezas.
Bilbiografia
Revista Linha Direta. Disponível em:
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